Busca social: o que muda no Facebook?

O Facebook anunciou ontem uma nova ferramenta, a busca social (graph search, em inglês). O fundador da rede, Mark Zuckerberg, afirma que o serviço é o terceiro pilar do Facebook – os outros dois são o feed de notícias e a linha do tempo.  Longe de ter a pretensão de concorrer com o Google, a inovação baseia-se no grande volume de informações sociais disponíveis na rede para que as buscas tragam respostas ao usuário, não links.

Para conseguir as informações, o Facebook disponibiliza quatro grandes eixos para busca: pessoas, lugares, fotos e interesses. Será possível, por exemplo, encontrar fotos da balada do fim de semana, descobrir quais de seus amigos vão para um festival de música, como o Lollapalooza, ou quais deles praticam corrida. Estratégias comerciais para a novidade ainda não foram abordadas pela equipe do Facebook, mas é possível vislumbrar possibilidades de mídia atreladas à busca, como anúncios baseados em palavras-chave, como ocorre com Google AdWords.

Por ora, o recurso está disponível apenas em inglês. Antecipando-se à polêmica a respeito de privacidade, Zuckerberg afirma que a busca social contempla apenas dados públicos. Mas, antes que ela fique disponível em todo o mundo, os usuários serão alertados e orientados a revisar conteúdos como marcações de fotos e check-ins, que poderão constar dos resultados. De acordo com ele, os dados do Instagram também poderão fazer parte do sistema.

Zuckerberg ainda mostrou-se aberto a trabalhar com o Google no futuro, mas afirma que o novo serviço não afeta a parceria com o Bing, buscador da Microsoft.