Busca social: o que muda no Facebook?

O Facebook anunciou ontem uma nova ferramenta, a busca social (graph search, em inglês). O fundador da rede, Mark Zuckerberg, afirma que o serviço é o terceiro pilar do Facebook – os outros dois são o feed de notícias e a linha do tempo.  Longe de ter a pretensão de concorrer com o Google, a inovação baseia-se no grande volume de informações sociais disponíveis na rede para que as buscas tragam respostas ao usuário, não links.

Para conseguir as informações, o Facebook disponibiliza quatro grandes eixos para busca: pessoas, lugares, fotos e interesses. Será possível, por exemplo, encontrar fotos da balada do fim de semana, descobrir quais de seus amigos vão para um festival de música, como o Lollapalooza, ou quais deles praticam corrida. Estratégias comerciais para a novidade ainda não foram abordadas pela equipe do Facebook, mas é possível vislumbrar possibilidades de mídia atreladas à busca, como anúncios baseados em palavras-chave, como ocorre com Google AdWords.

Por ora, o recurso está disponível apenas em inglês. Antecipando-se à polêmica a respeito de privacidade, Zuckerberg afirma que a busca social contempla apenas dados públicos. Mas, antes que ela fique disponível em todo o mundo, os usuários serão alertados e orientados a revisar conteúdos como marcações de fotos e check-ins, que poderão constar dos resultados. De acordo com ele, os dados do Instagram também poderão fazer parte do sistema.

Zuckerberg ainda mostrou-se aberto a trabalhar com o Google no futuro, mas afirma que o novo serviço não afeta a parceria com o Bing, buscador da Microsoft.

Mais internet, mais banda larga, mais oportunidades

Duas notícias importantes de hoje: presença de PC com internet cresceu 39,8% nos lares brasileiros entre 2009 e 2011 (http://glo.bo/RIlr1b) e país tem 81 milhões de acessos banda larga (http://bit.ly/SecMJf). Ainda há muito espaço para crescimento, especialmente em banda larga móvel – e o uso das redes sociais deve crescer junto.

No caso da banda larga móvel, são 62,4 milhões de conexões, crescimento de 97% em 12 meses, informa pesquisa da Telebrasil. A alta acompanhou a expansão das redes 3G, que hoje estão em 3.049 municípios brasileiros – lembrando que o Brasil tem 5.566 cidades. Até a Copa, a telefonia celular deve começar a migrar para a 4G, abrindo ainda mais oportunidades.

Serão milhares de pessoas que ganharão acesso à internet e estarão logadas nas redes sociais, comentando sobre se dia a dia, contando o que consomem, do que gostam, quais são suas marcas preferidas. Ou seja, é um imenso grupo de pesquisa a se explorar.

Direto na fonte

No ano passado, alguns artigos em revistas e sites estrangeiros perguntavam se as redes sociais não iriam substituir os Focus Group – grupos de pesquisa de opinião (http://smrt.io/pbsnde). De acordo com reportagem publicada na última edição da revista Exame (http://bit.ly/S4WArH), a resposta é sim! Starbucks, Pepsico, Lego e muitas outras empresas já colhem os lucros de ir às redes sociais buscar insights e oportunidades para novos negócios.

Um novo modelo de pesquisa de opinião

A Frito-Lays, popular marca de salgadinhos nos Estados Unidos, optou por ouvir os usuários de Facebook sobre novos sabores de seus produtos. Descobriu, por exemplo, que o sabor onion-rings é mais popular na Califórnia e Ohio. E teve outras várias ideias para seus produtos. A experiência está ajudando a substituir os grupos de pesquisa presenciais – com a vantagem de ter respostas mais rápidas e com menor custo.

Esse é apenas um dos exemplos citados em reportagem do New York Times. O texto mostra como as redes sociais, como Twitter e Foursquare, além do próprio Facebook, estão transformando as pesquisas de opinião. São exemplos que podem e devem ser seguidos por todas as empresas – o quanto antes.

Vaquinhas 2.0

As redes sociais conectam pessoas, clientes e empresas e também quem acredita em uma causa e quem quer colocar a mão na massa. Um dos caminhos mais evidentes da colaboração on-line são os sites de crowdfunding. Populares no exterior que no BrasilAs redes sociais conectam pessoas, clientes e empresas e também quem acredita em uma causa e quem quer colocar a mão na massa. Um dos caminhos mais evidentes da colaboração on-line são os sites de crowdfunding. Populares no exterior que no Brasil, essas redes sociais permitem arrecadar fundos que serão usados para realizar projetos. Pode ser um livro, uma pesquisa científica e até a construção de uma casa na árvore. Trata-se de uma vaquinha da era 2.0. O modelo ganhou força nos Estados Unidos, com o Kickstater. De lá para cá, vários outros surgiram. Alguns têm públicos específicos, como Petridish, direcionado a pesquisas acadêmicas. Outros estão mais focados em cultura ou projetos sociais, como o Benfeitoria e o Catarse. Basta entrar, escolher um projeto bacana para apoiar e passar o número do cartão de crédito. As colaborações começam em R$ 1 e fazem toda a diferença para quem tenta realizar um algo. Se o projeto não conseguir arrecadar o necessário, dentro do prazo previsto, o doador pode direcionar os recursos para outro projeto ou pedir o estorno do valor. Um modelo que tende a crescer, cheio de oportunidades e insights.

O que é Mídia Social?

Mídia Social é uma expressão que combina duas palavras simples.Em geral, sabemos o que significa ser social, porque aprendemos desde a infância a expressão “seja social” – que é interagir com as pessoas, conversar, etc. Mídia também é um conceito básico, associado aos meios de comunicação. Os políticos são pródigos em usar a mídia para influenciar seus eleitores e defender seus interesses, por exemplo. Mas o que significa Mídia Social?
Na nossa visão, são todas as interfaces digitais que permitem às pessoas conversarem à distância. Alguns dizem que as mídias sociais aproximam os que estão longe e distanciam as pessoas que estão próximas. Nós acreditamos que hoje as Mídias Sociais permitem a comunicação de forma interativa à distância e, deste modo, aproximam as pessoas de suas tribos virtuais. É isso mesmo? O que vocês acham?